Rafael chegou à casa em menos tempo do que seria razoável.
Não correu.
Não acelerou de forma imprudente.
Mas dirigiu como alguém que não aceitava perder um único segundo.
O portão abriu, e ele estacionou com precisão nervosa.
Ao descer do carro, nem esperou o motor desligar por completo.
Seguiu direto pela varanda, passos longos, respiração contida.
O coração estava firme…
mas o lobo, não.
O lobo dele se agitava, inquieto, protetor, pronto para qualquer desfecho.
Ele abriu a porta.
O cheiro de Liandra o atingiu primeiro.
Jasmim quente.
Pele pós-corrida.
O toque leve do perfume dela misturado ao ar da casa.
O corpo dele reagiu antes da mente.
O peito afrouxou.
Os ombros cederam um milímetro.
E o lobo, antes em alerta absoluto, finalmente respirou.
Ela estava ali.
Segura.
Viva.
Inteira.
— Rafael? — a voz dela veio da sala, suave, curiosa.
Ele deu dois passos, rápidos, quase instintivos, e quando virou o corredor, encontrou-a.
Liandra est