O relógio marcava pouco depois da uma da tarde quando o jato particular de Felipe decolou de Phoenix.
O céu era de um azul intenso, e o deserto lá embaixo se estendia como um tapete dourado.
Alice olhava pela janela em silêncio, as mãos apoiadas sobre o colo.
Havia algo de bonito e triste naquela calma, o tipo de silêncio que grita por dentro.
Felipe, ao lado, respeitava o espaço dela. Sabia que havia feridas abertas, e não era o momento de pressionar.
No voo, além dos dois, estavam Grace, sua governanta, a assistente Marina, que sempre a acompanhava em viagens longas, Liandra, e quatro seguranças da confiança do Alfa.
O ambiente era calmo, mas a tensão entre Felipe e Alice preenchia cada pequeno gesto, cada olhar desviado.
Desde que ela percebeu que Liandra não era apenas uma amiga, mas alguém que o mantinha informado sobre sua vida, algo nela se fechara.
Alice não o destratava, ela nunca faria isso, mas os olhos que antes o buscavam com doçura agora evitavam encontrá-lo.
Na primeira