A rotina de um Alfa nunca é realmente rotina.
Havia sempre uma nova urgência, um conflito, uma demanda da alcateia ou da empresa. E naquele ano, tudo parecia se multiplicar.
O evento de acasalamento seria sediado por nós tradição que girava entre as maiores alcateias do país. Era um acontecimento esperado: jovens lobos solteiros se reuniam, na esperança de encontrar sua companheira destinada. Eu deveria estar empolgado. Mas cada vez que esse assunto surgia, sentia apenas o peso esmagador do dever.
Sem uma Luna ao meu lado, todo o fardo da organização recaía sobre mim. Na prática, minha mãe e Lívia assumiam o trabalho, tentando suprir o vazio que muitos não deixavam de comentar. Era desconfortável ver os olhares atravessados de alguns, como se me julgassem incapaz de sustentar a tradição sem uma companheira oficial.
Eu não dava importância a isso. Ou, pelo menos, tentava.
Naquele dia, estava na sala de reuniões da sede da empresa, no último andar do edifício de vidro que levava me