A sol do meio dia entrava pelas amplas janelas, desenhando no chão de mármore.
Alice estava sozinha no quarto, ou melhor, no quarto dele.
Ele tinha dito que ela deveria descansar, mas a mente se recusava a parar.
O ambiente era elegante demais.
As paredes em tons de cinza e grafite, o mobiliário preto com detalhes em metal, os lençóis brancos impecáveis, tudo ali parecia frio, sóbrio, controlado.
Era como se o lugar tivesse sido criado para conter emoções, não para abrigá-las.
Ela sorriu sozinha.
— Ele é mesmo assim… — murmurou. — Controlado até nas cores.
Andou devagar pelo quarto, os dedos roçando distraídos sobre a superfície da cômoda.
Cada detalhe parecia exalar a personalidade dele: o homem impecável, o bilionário de olhar firme, o tipo de pessoa acostumada a controlar tudo — até o que sente.
Por um instante, pensou em ligar para Liandra.
A amiga devia estar aflita, e Alice queria contar o que estava acontecendo.
Mas… o que exatamente estava acontecendo?
Como explic