O riso deles ainda ecoava pelo quarto, nervoso, leve, como quem tenta tirar peso de algo que não sabe explicar.
Felipe ainda a observava, e Alice tentava compreender o impossível.
O ar entre os dois carregava uma mistura doce e confusa: desejo, curiosidade e medo.
Ela desviou o olhar, mexendo as mãos.
— Acho que… vou tomar um banho. — disse, com um sorriso trêmulo.
— Claro — respondeu ele, simples, a voz calma, mas o olhar atento.
Felipe esperou que ela entrasse no banheiro antes de sair do quarto.
Não queria que ela se sentisse observada, nem pressionada.
Ela precisava de espaço, e ele sabia disso.
Seguiu até o quarto ao lado, onde uma névoa de pensamentos o acompanhava.
Zurk estava inquieto.
“Ela sente, você percebeu.”
Felipe se apoiou na parede, respirando fundo.
“Sim, eu senti.”
“Mostre a ela. Me deixe mostrar.”
Felipe cerrou o maxilar.
“Não.”
O pensamento veio seco, categórico.
“Ela não está pronta. E eu não vou arriscar.”
O lobo recuou, mas o instinto ficou a