Caroline entrou na sala reservada como quem acreditava estar vivendo um reencontro destinado.
Perfume floral demais, cabelo recém-escovado, maquiagem preciso, não havia fragilidade ali, havia cálculo.
— Rafael! — a voz veio alta demais, brilhante demais. — Eu vim o mais rápido que consegui!
Ela deu dois passos na direção dele como se esperasse braços abertos.
Rafael não se levantou.
A porta se fechou atrás dela com um clique suave.
Só então ela percebeu Thiago sentado.
O sorriso congelou.
— Thiago…? — a voz perdeu metade da firmeza. — O que você está fazendo aqui?
Thiago abaixou a xícara, ainda quente entre os dedos.
— Ele me chamou. — respondeu sem floreios.
Caroline olhou de um para o outro, calculando.
E quando entendeu que a sala não era surpresa romântica, mas uma contenção, algo vacilou atrás do olhar.
Ela se recompôs com pressa.
— Rafael! — o sorriso dela veio largo, urgente, buscando reação. — Você me chamou aqui? Fiquei surpresa.
Rafael não devolveu sorriso alg