O portão de ferro da antiga propriedade Orsine se abriu lentamente, e os faróis do carro iluminaram o pátio de pedras.
A casa da matilha se erguia imponente sob o crepúsculo, uma fusão perfeita entre tradição e poder.
As colunas altas, as janelas amplas e o brasão prateado sobre a entrada traziam uma imponência silenciosa, um lembrete de que ali vivia uma linhagem que governava havia séculos.
Alice observava tudo pela janela.
O ar parecia diferente — mais denso, carregado de energia.
Era como se aquele lugar pulsasse com a presença de histórias antigas e da força de todos que vieram antes.
Felipe parou o carro, desligou o motor e virou-se para ela.
— Está tudo bem?
Ela assentiu, com um sorriso contido. — Está. Só parece… vivo demais.
Ele sorriu de leve, com aquele olhar que parecia sempre compreender o que ela não dizia.
— É. A casa da matilha sente tudo.
Alice respirou fundo e, quando ele abriu a porta, o ar frio da noite misturou-se ao perfume dele. O coração d