UM MÊS DEPOIS – 06h27 DA MANHÃ – ZONA RESIDENCIAL DE MOSCOU
A cidade ainda bocejava, envolta num silêncio calmo que só existia nas primeiras horas do dia. Jenn apertou os cadarços dos tênis, colocou os fones de ouvido e respirou fundo.
O café da manhã ainda pesava levemente no estômago, mas nada que a corrida não resolvesse.
Ela desceu os três lances de escada do prédio antigo com passos rápidos e iniciou um leve trote ao sair. Seu rabo de cavalo balançava, acompanhando o ritmo. A trilha sonora animada nos ouvidos contrastava com a quietude das ruas.
Seguiu por seu trajeto habitual: duas quadras até o pequeno parque que contornava a linha do metrô. Sempre passava por lá. Sempre no mesmo horário.
E foi exatamente isso que os olhos escondidos no furgão estacionado na esquina esperaram.
O veículo preto parecia apenas mais um entre tantos parados ali. Mas dentro, dois homens observavam atentos. Quando Jenn passou correndo pela calçada, um deles abriu a porta traseira com precisão ensaiad