As portas do quarto de Natália se fecharam com um estrondo que ecoou pelos corredores silenciosos da mansão Rurik.
Ela andou até a penteadeira com passos trôpegos, trêmula, como se cada fibra do seu corpo estivesse desmoronando por dentro. O robe de seda colava à pele suada. Os cabelos estavam grudados na testa. O gosto de ferro e de fracasso estava entranhado na boca.
Abaixou-se de repente e vomitou no chão, ajoelhada como uma prisioneira de seu próprio feitiço.
A dor veio logo depois. Um latejar nas entranhas. Um calor cortante que parecia querer arrancar sua alma pelo útero.
Ela gritou.
As mãos agarrando os próprios flancos. A pele ficando pálida. Os olhos úmidos. Mas não de tristeza. De ódio.
"É o preço. O preço da magia. Você sabia o que custava."
A voz de Alžběta ecoava em sua mente como um sussurro cruel.
“Se a poção não funcionar, sua fertilidade será drenada. Lentamente. Como punição por tentar forçar o destino.”
— Maldita bruxa demente... — Natália cuspiu as palavras com ódi