A manhã chegou sem pressa.
Luz suave filtrava-se pelas cortinas pesadas do quarto de Dmitry. O mundo lá fora permanecia quieto, como se respeitasse o silêncio de dois corpos entrelaçados, exaustos e em paz.
Susan despertou lentamente. A primeira coisa que sentiu foi o calor.
Não da coberta… Mas o calor do corpo de Dmitry, envolto ao dela como uma muralha viva. O braço forte repousava sobre sua cintura, e o nariz tocava a curva do pescoço dela, como se ele tivesse adormecido ali, inalando sua presença.
Ela não se mexeu. Não queria quebrar o encanto. Mas Dmitry já estava desperto.
— Você mexeu o pé. — Murmurou, a voz ainda rouca de sono.
— Você reparou? — Ela sorriu, ainda de olhos fechados.
— Eu sinto. — Ele respondeu, mais sério. — Muito antes de você se mover... Eu já sabia que estava acordando.
Susan se virou de leve, encarando os olhos azuis dele. Pela primeira vez, não havia tensão. Nem raiva. Nem fúria. Havia paz.
Mas... Uma paz vigiada.
— Você dormiu? — Ela perguntou, a mão subi