O som pesado da porta se fechando ecoou pela sala quando Dmitry atravessou o ambiente com passos pesados. Alexei já estava lá, encostado na borda da mesa, com os braços cruzados e uma expressão séria.
Um contraste raro para seu temperamento usualmente leve.
— Ela sentiu. — Dmitry disse, a voz grave, como se segurasse trovões na própria garganta. — E eu também.
Alexei levantou uma sobrancelha, endireitando-se.
— Pequenos deslizes... Portas abertas, rotas alteradas, chá trocado. — Enumerou, o tom frio. — Nada que pareça grave isoladamente, mas juntos?
Dmitry passou a mão pelos cabelos, inquieto. Sua respiração era controlada, mas Alexei viu, sentiu, a tensão pulsando sob a pele do irmão.
— Estão testando nossas defesas. Testando ela. — Dmitry rosnou, um som baixo, gutural, que fez as janelas tremerem discretamente. — Querem ver até onde podem ir... Até onde conseguem se aproximar dela sem que eu perceba.
Alexei aproximou-se, mantendo a voz neutra.
— E você percebeu. Ela também. Isso já