O som suave da madeira estalando na lareira preenchia o vasto hall da mansão. A noite se estendia fria do lado de fora, mas ali dentro o calor era reconfortante.
Susan ajeitou melhor o moletom folgado que usava, um dos de Dmitry, inalando o cheiro dele que impregnava o tecido.
Um arrepio percorreu sua pele e ela caminhou de meias pelos tapetes macios em direção à cozinha. Não tinha conseguido dormir esperando ele, e a fome não tinha piedade, nem mesmo àquela hora.
Quando voltou com uma caneca de chocolate quente nas mãos, seus passos diminuíram até quase parar.
Dmitry estava na porta da entrada principal, os ombros largos tensionados sob o casaco preto, como se ainda carregasse o peso da guerra que se avizinhava. Alexei estava ao lado dele, mas foi o primeiro a notar a presença dela.
— Bom, essa é minha deixa. — Disse, ajeitando o cachecol com um meio sorriso. — Se isso aqui virar pornografia sobrenatural, eu me recuso a ser testemunha ocular.
Sem esperar resposta, Alexei desapareceu