Susan andava de um lado para o outro no quarto espaçoso, os braços cruzados contra o peito e os pés descalços afundando levemente no tapete felpudo sobre o assoalho de madeira escura. Estava nervosa, o estômago embrulhado e a respiração curta.
O quarto... Era lindo. Grande demais. Silencioso demais.
Parecia saído de uma revista de luxo: tetos altos com molduras rebuscadas, lustres de cristal, cortinas pesadas em tons de vinho profundo, móveis de madeira maciça com detalhes dourados, e uma lareira imponente — ironicamente apagada.
Bonito demais. Mas vazio.
Frio. Não de temperatura, mas de presença e além de sozinha ela se sentia ilhada. Observada.
Tentou olhar pela janela. Do alto, viu a movimentação dos homens de segurança: uniformes pretos, olhos atentos, postura rígida. Guardas demais. Todos armados. E certamente todos Lycans.
Ela recuou, o coração acelerando ainda mais.
— Não vou conseguir sair daqui… — Murmurou, sentando-se na beirada da cama. Os dedos trêmulos agarraram o lençol.