O tempo, ali, não fluía como no mundo exterior.
No andar mais alto da mansão Rurik, o quarto onde o casulo de Susan descansava fora selado por camadas de proteção que ultrapassavam os reinos físicos.
Luz lunar permanente atravessava os vitrais encantados, mesmo nos dias nublados. O ar era quente, úmido, e carregado com o aroma de jasmim e cinzas ancestrais.
O casulo pulsava lentamente, como se respirasse. Feito de filamentos de luz branca e traços escuros como obsidiana líquida, ele se mantinha suspenso alguns centímetros do chão, envolvido em símbolos antigos e resguardado pela força da própria essência de Morrigan.
Ao redor, guardiões se revezavam em silêncio. Dias se tornaram semanas. Meses passaram como lufadas de vento. A vigília jamais cessou.
Os Clãs Fiéis
Depois da ascensão, os clãs que tomaram do sangue de Dmitry voltaram aos seus territórios, como combinado. Eles sabiam que a guerra não seria vencida apenas com poder — era preciso estratégia, informação e presença nos lugar