Em várias partes do mundo, o céu permaneceu calmo.
Mas os sensíveis, bruxas, médiuns, órfãos espirituais e humanos com a alma antiga, acordaram no mesmo instante. Como se uma estrela tivesse morrido bem no centro do peito.
Alguns choraram sem saber o motivo. Outros sentiram a pele arrepiar. E todos ouviram o mesmo sussurro em alguma parte do inconsciente:
“Ela se foi… Mas não para sempre.”
Em Moscou, a cidade parecia vibrar em outra frequência. As luzes piscavam sem motivo. Os animais silenciaram. Os corvos permaneciam em grupos, estáticos nos telhados da mansão Rurik, como sentinelas de um segredo.
Os corredores estavam em silêncio.
O quarto onde Susan dormia, ou melhor, onde repousava em morte, estava protegido por três camadas de selos antigos.
A primeira, feita por Alannah, que ainda mantinha os dedos sobre os símbolos gravados com sangue sagrado e pó de pedra lunar.
A segunda, formada pela essência viva de Dmitry, que havia jurado com o próprio sangue proteger o casulo da Deusa.