O vento cortante do norte açoitou o rosto de Sasha quando ele desceu da caminhonete preta, o casaco pesado balançando em torno das pernas.
A floresta parecia um mar de sombras congeladas, com as árvores retorcidas e cobertas de neve, e o céu carregado com nuvens espessas. Ele inalou profundamente, sentindo o cheiro metálico do frio, da terra... E do sangue fresco.
Ao lado do veículo, dois Lycans locais — homens robustos, com feições marcadas pela vida dura na fronteira — o aguardavam. Um deles, Mikhail, inclinou levemente a cabeça.
— Sasha Volkov?
— Em carne, osso e charme irresistível. — Sasha respondeu, um sorriso enviesado nos lábios enquanto estendia a mão enluvada. — Me atualizem. O que temos aqui?
Mikhail não retribuiu o sorriso.
— Cinco desaparecidos esta semana. Dois corpos encontrados ontem. Dilacerados. Não era urso nem lobo selvagem. Nem Lycan. A carne estava… Rasgada de um jeito estranho. E não sobrou quase sangue.
Sasha estreitou os olhos, abaixando-se na neve e tocando