Diferente do que sempre fazia, Alexei não foi até o bar. Não procurou um copo de whisky para afogar o incômodo que insistia em apertar o peito.
Não.
Seguiu direto para o quarto onde seu pai ficava.
Aquele lugar parecia mais apropriado para o momento que precisava.
O quarto estava em penumbra, a única luz vinda das cortinas semiabertas que deixavam o luar pintar o chão em tons pálidos. Alexei largou o celular no criado-mudo com um suspiro pesado, afundando-se na poltrona encostada ao lado da cama.
Seu olhar se fixou na figura adormecida do pai, o antigo Alfa do clã Rurik, agora imóvel, perdido em um silêncio profundo desde o atentado.
Ele esticou as pernas, apoiou os cotovelos nos joelhos e entrelaçou os dedos, como se estivesse prestes a rezar, embora nunca tivesse sido muito religioso. Mesmo assim, naquele instante, sentia que precisava ser ouvido. E o velho Anatolie sempre ouvira, mesmo em silêncio.
— Sasha tá caindo. — Alexei começou, com um meio sorriso que não alcançava os olhos