Dmitry estava parado à beira do Círculo da Lua Quebrada. As inscrições, como cicatrizes, falavam de guerras, pactos e traições.
Seu olhar de gelo percorreu o círculo onde dezenas, centenas de Lycans já começavam a se reunir, envoltos apenas em peles ou túnicas rústicas, livres de qualquer adorno humano, como mandava a tradição.
“Odeio essa parte…”
Murmurou sua fera interior, com aquela voz rouca, sempre carregada de instinto, sempre faminta.
“Mas ela precisa ver quem somos. De verdade.”
“Ela vai ver… E vai entender. Ela é nossa.”
Ao seu lado, Susan. A pele clara, os olhos verdes que, mesmo apreensivos, não fugiam do que viam. Dmitry deslizou a mão pela cintura dela, possessivo, protetor.
“Não solta ela. Não aqui. Eles vão farejar o medo.”
“Ela não tem medo… Mas tem razão.”
Ao longe, os anciãos começaram o Chamado da Noite.
Os sons guturais ecoaram entre as montanhas. Uma língua ancestral, quebrada, quase inumana. Dmitry respirou fundo e inclinou a cabeça para trás, ouvindo cada estal