Dmitry dirigia em silêncio, a mão firme sobre o volante, enquanto a outra segurava suavemente a de Susan, entrelaçando os dedos dela nos seus como se não soubesse, ou não quisesse, soltá-la nunca mais.
Susan olhava a paisagem pela janela, curiosa. A estrada ladeada por pinheiros se abria, aos poucos, para uma clareira que descia até o mar. O céu começava a ganhar tons alaranjados, o crepúsculo tingindo tudo de dourado e âmbar.
— Onde estamos? — Ela perguntou, sorrindo, apertando levemente a mão dele.
Ele não respondeu de imediato, apenas ergueu o canto dos lábios, discreto.
— Um lugar meu… Nosso, agora.
Susan franziu a testa, mas não insistiu.
Quando chegaram ao fim da estrada, o carro parou diante de uma casa de madeira escura, discreta e isolada, com uma varanda ampla que dava para um penhasco de onde se via o mar em toda sua vastidão. As ondas quebravam com suavidade, como se o mundo soubesse que, naquela noite, não deveria perturbar a paz daquele homem.
Dmitry desceu do carro e co