A música seguia suave, mas nada disso alcançava Bryan.
Ele já tinha virado duas taças. Talvez três. O vinho lunar queimava, mas não o suficiente para silenciar a ira silenciosa que crescia nele desde que Daemon saíra.
Mia percebeu primeiro pela respiração dele — curta, tensa.
Depois pelo olhar — distante, duro, frio.
O vínculo arranhou a alma dela com um alerta.
Ela se aproximou, a voz baixa para não chamar atenção:
— Bryan, vamos sair um pouco e conversar?
Ele não virou o rosto.
Nem piscou.
Apenas ergueu outra taça e bebeu como se aquilo fosse oxigênio.
Depois pousou o copo com força na mesa. Ele balança a cabeça em negação e fala:
— Eu estou bem aqui!.
Frio.
Cortante.
Uma barreira de gelo ergida em segundos.
Mia sentiu o golpe como um estilhaço no peito.
Há poucos minutos, ele estava gentil, atento, quente ao toque.
Agora… estava a quilômetros dela, perdido dentro de si mesmo.
O vínculo pulsou dolorido, como se dissesse: ele está caindo de novo.
Ela tentou respirar fundo, manter a