Daemon aproximou-se devagar, como um eclipse anunciando tempestade. Ele puxou a cadeira sem tirar os olhos de Mia e Bryan sentiu o estômago revirar.
“Ótimo. O desgraçado vai sentar mesmo.”
Daemon parecia entalhado em aço e orgulho, mas quando Mia falou…
As defesas dele desmoronaram como vidro trincado.
— Eu me lembro de tudo — Mia declarou, firme, serena, cruelmente calma.
O impacto atingiu Daemon — e Bryan também.
O lobo dentro dele rosnou. A mandíbula travou.
A cada palavra, algo em Bryan escurecia. A insegurança vinha como farpa, rasgando por dentro.
Mia continuou:
Aquelas palavras foram um soco que não só atingiu Daemon; atingiu todo o salão — e cortaram Bryan como navalha.
Depois outro, mais baixo, mais feroz: Como ela fala sobre isso tão naturalmente, como se eu fosse nada aqui?
Foi como um golpe. Um soco no estômago, um raio caindo em um dia de sol. A máscara de impassividade que ele carregava há séculos rachou, revelando uma dor crua e antiga.
Mia continuou, sua voz calma, mas