Ela voltou para a mesa, seus olhos percorrendo as faces das presentes com uma calma perigosa, até parar em Júpiter. Um sorriso afiado surgiu em seus lábios, uma arma tão eficaz quanto um rosnado.
— Ora, o que o universo trouxe… Saturno em pessoa. Já está pronta para receber os trigêmeos? — Mia disparou, a voz doce, mas com uma pontada de crueldade que fez Júpiter encolher-se ainda mais na cadeira, o rosto pálido como a porcelana e os olhos arregalados de choque e mágoa.
Júpiter apenas se encolheu em seu canto, os olhos fixos na toalha de mesa, como se nela encontrasse a salvação. Sua voz saiu quase num sussurro inaudível, carregada de uma humildade forçada que enraiveceu Mia ainda mais.
— É bom te ver, Mia. Está linda demais, como sempre.
Mia travou o maxilar com tanta força que sentiu a pontada da dor. Ela odiava, odiava profundamente que Júpiter não a atacava de volta, que não se defendia. Como ela tinha ousado se apaixonar pelo seu companheiro e ainda ficar ali sentada com aquele a