Mia acordou no hospital. Antes mesmo de abrir os olhos, o cheiro de antisséptico, o zumbido monótono dos aparelhos e a sensação de estar deitada em algo duro demais já lhe diziam onde estava. Parecia ser manhã.
  Uma tontura persistente a envolvia. Abriu os olhos e confirmou a realidade: paredes brancas, equipamentos médicos, o ambiente estéril. Não tentou se levantar, apenas fechou-os novamente, sentindo uma dor lancinante que parecia vir do mais profundo de seu ventre, espalhando-se por todo o abdômen, uma agonia que ia além do físico.
  Um pânico gelado começou a se instalar. Foi então que Bryan apareceu em seu campo de visão, seu rosto pálido e marcado por olheiras fundas, a barba por fazer, os cabelos bagunçados – uma imagem bem distante do Alfa imponente que ela conhecia.
  — Calma, amor, você não pode levantar. Tente se acalmar, por favor — ele disse, a voz embargada, enquanto passava a mão pelo cabelo dela e beijava sua testa. Em seguida, virou-se para as enfermeiras que se ap