Mia já estava em casa, mas o consolo do lar parecia distante, abafado pela dor que a consumia. Cada cômodo que ela atravessava carregava lembranças de momentos que jamais voltariam. A sala, onde tantas vezes rira com Bryan, agora parecia fria, silenciosa, quase hostil. Os dias que se seguiram foram marcados por uma chuva incessante, como se a própria Costa da Lua compartilhasse sua dor. O som das gotas batendo na vidraça era quase hipnótico, um reflexo perfeito das lágrimas silenciosas que ainda escorriam pelo rosto de Mia. Cada respiração era um esforço; cada movimento, um lembrete da ausência do que ela mais amava.
Ela precisava de repouso, tanto físico quanto emocional. Mas a paz parecia impossível. O lar, que antes oferecia segurança e calor, agora estava impregnado da lembrança da traição e do vazio que se instalara em seu ventre. Mia sentia-se presa entre a memória do que tinham construído e a realidade que agora destruíra sua confiança e seu coração.
Bryan havia tirado alguns d