— Posso voltar para o meu quarto?
— Não, a partir de hoje, você vai dormir aqui. — Don Morano mandou sem admitir réplica.
Incomodada, Luísa se deitou de costas para ele. Esperou até que Paolo cochilasse, mas ele saiu da cama e foi para a escrivaninha, onde se sentou na cadeira e começou a mexer no laptop. Sem opção, ela se enrolou nos lençóis até que as pálpebras pesaram.
Ainda envolta pelo torpor do sono, Luísa piscou lentamente, sentindo a luz matinal beijar-lhe o rosto. A claridade invadiu suavemente o quarto através da imensa vidraça, sinal de que o dia mal havia começado. Seus olhos tentaram resistir por mais alguns segundos até que uma sombra inesperada bloqueou parcialmente a luz. Quando finalmente os abriu, deparou-se com a figura do homem nu que estava em pé, diante da janela, observando em silêncio a paisagem que cercava a propriedade.
Ela esfregou os olhos com as costas das mãos, lutando contra a sonolência que ainda a dominava, tentando assimilar a cena diante de si. Paol