Dayse caminhava apressada pelos corredores envidraçados da empresa Bellucci. Era mais um dia de reuniões, gráficos, estratégias. Mas por dentro, o caos era constante. Seus três filhos a esperavam em casa, e seu plano para reencontrar o quarto ainda estava em andamento — meticuloso, silencioso, como ela.
Ela mal notou a secretária avisando sobre o jovem que a esperava na sala de reuniões auxiliar. Dayse achou que fosse um estagiário novo ou talvez algum trainee destacado para um projeto. Mas, ao abrir a porta, o mundo parou.
Theo estava ali.
Sentado à cabeceira da mesa, com os braços apoiados sobre os documentos. Usava uma camisa social azul-marinho que ressaltava seus traços maduros, apesar da juventude. Os olhos, cor de tempestade contida, se ergueram devagar para encontrar os dela.
O garoto se levantou, confuso. Estava seguindo o plano dos irmãos, sim, mas nada o preparou para aquilo. O jeito como ela o olhava... como se o mundo inteiro estivesse diante dela. Como se ela estivesse à