Dayse piscou lentamente, as pálpebras pesadas, como se estivessem sob o peso de uma força invisível. Os sons ao seu redor pareciam distantes, abafados, como ecos tênues carregados pelas profundezas de um vasto e silencioso oceano.
O sedativo corria por suas veias lentamente, puxando-a para a inconsciência. Enquanto sua mente se agarrava desesperadamente a pensamentos fugazes, na tentativa de se manter alerta.
Era uma luta silenciosa — um equilíbrio frágil entre rendição e resistência, entre a atração do esquecimento e o anseio de permanecer presente.
― “Resista” ― repetia para si mesma.
A última imagem que captou antes que tudo se desfizesse em borrões foi o rosto da médica Isabella, curvada sobre ela, segurando o soro com dedos tensos e olhos que gritavam em silêncio.
Então, o mundo apagou-se em sombras.
— A pressão dela está caindo — anunciou Isabella, ajustando o equipamento com uma calma cuidadosamente calculada. — Ritmo cardíaco instável. Saturação despencando rapidamente.
O anes