"Os nomes são o primeiro presente que damos a alguém — e, talvez, o mais duradouro." — Clarice Lispector
O sol irradiava seus raios dourados pelas grandes janelas da mansão Bellucci, enchendo cada canto com uma luz suave e quase cúmplice, como se até ele quisesse testemunhar aquele momento tão especial.
No centro da sala, havia uma foto que antes parecia um sonho distante: a família toda reunida, sorrindo, com vozes emocionadas e olhares que se encontravam, todos voltados para o mesmo ponto.
Ali, descansavam as trigêmeas, envoltas em um sono tão tranquilo quanto a paz que transmitiam, alheias à solenidade da ocasião.
Naquele dia, elas seriam batizadas, recebendo não só nomes, mas também um significado simbólico de um legado que se entrelaçaria às suas vidas — um fio invisível conectando passado, presente e futuro.
Dayse ajustou cuidadosamente o cabelo atrás da orelha e, com uma voz calma, porém carregada de uma certa solenidade, que soava quase teatral, anunciou:
— Muito bem, pessoal.