"Não é a mentira que mata a verdade, mas o silêncio dos que a conhecem." — Mikhail Bulgákov
Victoria perdeu a guarda de Theo, mas ainda tinha uma arma letal nas mãos: o processo por maus-tratos físicos e psicológicos contra a família Bellucci. Desta vez, ela lutaria com sangue nos olhos.
Dayse Lancaster não deixaria Victoria vencer.
Não depois de ver o medo quieto no olhar de Theo quando o vídeo da "madrasta injustiçada" tomou as telas. Não depois de Gael arriscar a própria tranquilidade para arrancar uma confissão que ninguém acreditaria ouvir. Não depois de Dante e Noah passarem noites peneirando comentários de ódio para proteger o irmão.
Aquilo não era apenas sobre Enzo. Era sobre os filhos. E se Victoria vencesse, toda a família Bellucci ruiria como um vitral estilhaçado. No centro desse vitral estava Theo.
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A manhã começou com um ritual de guerra: café forte, prazos na lousa de vidro, arquivos abertos em três telas. Dayse vestiu o blazer claro de sempre — sua armadura — e dese