Capítulo 8

Jonh me anuncia no palco. Aqui meu codinome é Pantera por conta da minha cor mais latina.

- Agora com vocês meus amigos, para a última apresentação solo da noite, a nossa mais nova deusa! Antony, já tomou o remédio do coração hoje? - ele zoa um senhor mais velho na plateia que é cliente assíduo da boate - Senão…é melhor tomar agora! - a plateia ri e zoa Antony - Essa aqui vai mexer com a cabeça de vocês! Conheçam a nossa Pantera!

Ouço os homens irem a loucura. Obrigada por aumentar a pressão, Jonh!

A música do The Weekend começa. Caço a minha presa pelo salão realmente como uma Pantera. Meu olhar corre o salão, tem muitos homens até bonitos mas nenhum me chama muita atenção. Continuo a minha dança, me jogo no chão passando a mão entre meus seios descendo a minha barriga. Ouço os homens indo a loucura. Estou concentrada de olhos fechados e vou abrindo devagar. Vejo que existe uma cabine vip ao lado da sala de vidro que não tinha reparado antes. Vejo algumas das dançarinas lá com seios expostos, dançando no colo de alguns homens. Mas tem um olhar que me prende de repente e “Puta a merda!”, um homem lindo me olha com desejo lá de cima. “Achei minha presa!”, penso. Uma das meninas semi nua em seu colo parece tentar chamar atenção desesperadamente passando com os seios descobertos em sua frente, rebolando em seu colo, mas ele está completamente alheio à sua existência. Engatinho no palco o fitando, nosso olhar conectados. Sorrio maliciosa e nesse momento somos só eu e ele. O restante do mundo desaparece. Me viro de costas pra ele e desço rebolando, deslizando pela barra de pole. Faço alguns movimentos no pole e nossos olhos se encontram novamente e ele está na mesma posição, me olhando, feroz. Poderia jurar que apenas com seu olhar ele seria capaz de tirar o pouco de roupa que estou vestindo agora. Umedeço os lábios e o vejo abrir um pouco a boca, acho que ele gosta do que vê. Confesso que estou me divertindo com esse jogo…

A música acaba e alguns homens jogam dinheiro no palco. Saio do palco com a cabeça erguida. Dar muita moral agora iria acabar com a atmosfera sexy que criei na apresentação. Rio sozinha com esse meu raciocínio.

Chego no camarim e Dalila e Paola estão me aguardando com flores.

- Parabéns pela primeira apresentação solo Mari!Você foi perfeita! - Paola disse e me dá um abraço.

- Amiga! Até eu estou molhada com essa sua apresentação!! Você aumentou muito o nível desse lugar! Ficou difícil pra nós, reles mortais! - Dalila, exagerada como sempre, me dá um abraço apertado e eu rio.

- Até parece amiga!! Vcs são maravilhosas!

Jonh invade a sala nesse momento.

- Mari, você tem uma dança privativa em 10 minutos.

Dalila entra em êxtase.

- Vou te ajudar a se preparar amiga, senta aí, vai retocar sua maquiagem que vou pegando seu figurinho. - ela fala rápido, já me sentando no camarim e indo em direção a arara onde ficam os figurinos.

- Mais um? - pergunto. Meu Deus, quantos figurinhas são necessários para uma noite?

- Claro, gata?! Como você vai dançar na área vip com essa perereca suada?? - eu e Paola rimos alto. Até que faz sentido.

Coloco o novo look. Este é mais revelador do que os demais. É um vestido curto, preto de tule transparente com um pouco de brilho no mesmo tom. Por baixo uma lingerie também preta, com a calcinha fio dental string. Acho que é uma estratégia para fazer os homens pagarem por danças privativas.

Me olho tímida no espelho e penso que minha mãe ficaria um pouco decepcionada em saber o que estou fazendo pra viver. Mas agora não é o momento de pensar nisso. Nesse caso os fins justificam os meios…

Chego na sala vip. Diferente das outras que conheci, essa é toda fechada. Tem uma cama macia, mas firme, com lençóis brancos. Tem correntes com algemas na parede que desce pra cabeceira da cama, uma barra que acho que é aquela que te segura pelos tornozelos. “Tá bom…não vamos precisar disso, quem quer que você seja”. Dou uma checada na localização do botão do pânico. Tem um perto das algemas, da cor da cabeceira e um de cada lado da cama. Em frente a cama tem uma poltrona de couro bordô com tachas douradas fazendo o acabamento laterais. Luxo com luxúria.

Coloco uma música para já entrar no clima. E faço uns agachamentos rápidos pra dar um pump na bunda e na coxa. Jonh abre a porta, e me olha inexpressivo. Ele me avisa que o cliente está chegando enquanto ajusta a iluminação da sala e vai embora fechando a porta novamente.

Começo um aquecimento na cama, já sensualizando com a música de fundo pro caso do cliente chegar.

A sala, no geral, esta a meia luz. Tem um jogo de luzes brancas mais fortes na minha frente na cama pra dar foco em mim.

O cliente abre a porta mas não vejo seu rosto de imediato por conta das luzes que estão em mim. Coloco a música principal para tocar, “Under the influence - Chris Brown”.

Inicio a coreografia ainda na cama. Me esquio pela cama de costas para o cliente ainda oculto pelas luzes fortes. Empino bem a bunda pra ele enquanto engatinho na cama. Faço movimentos requebrando de quatro, depois me jogo na cama de barriga pra cima abrindo bem as pernas e pego impulso para me ajoelhar de novo. Desço e subo ajoelhada, deslizando pelos lençóis enquanto passo a mão do meu pescoço em direção a minha virilha. Me levanto devagar e vou em direção ao cliente. Quando me acostumo com a luz novamente consigo ver seu rosto…

É ele! Minha presa veio…

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