Revirei os olhos. Fechei os mesmos olhos. E, quando vi, dois braços me ergueram: um nas costas, o outro por baixo dos joelhos.
— Mat! — protestei, esperneando. — Me põe no chão!
— Eu disse que você ia. — Ele gargalhou e me carregou até o banheiro.
— Chato!
— Chata.
Quando ele me soltou, tentei uma última cartada: tirei a blusa devagar e beijei o pescoço dele. O sorriso que ele mordeu foi delicioso, mas a resposta veio firme:
— Não adianta fazer joguinho. A gente vai.
Suspirei, derrotada e rindo.
A casa dos meus pais, no Queens, estava com as luzes acesas e o jardim da frente impecável — gramado perfeito, as orquídeas da minha mãe salpicando cor sob a luz amarela da varanda. O doorman do quarteirão acenou quando estacionamos. Entrei de mãos dadas com o Matt, já com um sorriso, porque não valia a pena bancar a carranca.
— Filha, até que enfim! — minha mãe apareceu no pé da escada, radiante, e veio me abraçar.
— Pensei que não viriam — meu pai surgiu da sala de jantar, com taças na mão.