O abraço dele veio calmo, contido, sem invadir. Demorou um segundo a mais do que a etiqueta permite — tempo suficiente para reacender as fagulhas que eu vinha varrendo para o canto. O perfume amadeirado encostou na pele e levantou memórias que eu tinha prometido não revisitar: um corredor vazio, uma risada abafada, o conforto perigoso de caber no peito dele. Quando se afastou, deixou a porta aberta e um silêncio cheio, desses que parecem falar por si.
Voltei ao jardim com a bandeja e uma tempestade que eu escondi bem atrás do sorriso. As mesas, vistas de longe, formavam um anfiteatro de linho bege e copos cintilantes; metade das pessoas voltadas para nós, metade para o pequeno palco improvisado sob a tenda central. O Math se adiantou dois passos, a Becah agora nos braços do Chris; a Clary ao lado, alisando a mãozinha da minha menina e contando segredos que faziam os olhos dela brilharem como contas claras.
— Bem, Mag… — o Math começou, e o jardim foi baixando de volume sozinho, como u