— Por que eu apaguei?
— Pode ter sido uma síncope vasovagal — ele responde com honestidade —, pode ter sido hipotensão postural associada a náusea e estresse, pode ter sido um pico de queda de pressão. Grávidas — principalmente no primeiro e no segundo trimestre — têm tendência a essas oscilações. A gente só fecha diagnóstico depois de juntar clínica e exames. O importante: o bebê tá com batimento cardíaco regular, e você está reidratando bem.
É como se uma mão imaginária afrouxasse no meu pescoço. Eu solto o ar devagar, sem pressa de terminar.
— E… é gravidez de risco? — Meu pai se adianta na pergunta, e eu agradeço por não precisar pronunciar.
Sebastian mede as palavras:
— A gente classifica como de risco quando há sinais que exigem acompanhamento mais de perto. No seu caso, Margo, houve perda de consciência, enjoos persistentes, alguma labirintite visual e queda de pressão associadas a estresse elevado. Até termos a ultrassonografia morfológica do segundo trimestre, um doppler das