Quando Aylla saiu da audiência, o homem que ela amou estava tão frio quanto o vento gelado que passava entre seus cabelos. Verônica olhava com um olhar que Aylla conhecia bem, ele dizia: eu venci. E, naquele momento, ela tinha razão. Ele conseguiu tirar dela a única coisa que amava.
— Ayron, eu te desprezo! — ela gritou. Parecia que até o ar lhe faltava. — Eu realmente te odeio! Se um dia eu amei você, isso morreu hoje!
Ele não respondeu. Seus olhos âmbar pareciam realmente sem vida, como ela já tinha suspeitado. O amor já não fazia parte deles. Ela virou as costas e foi embora. Não aguentava ficar mais um minuto naquele lugar.
Chegando ao apartamento, Vanessa veio correndo, e Aylla desabou a chorar.
— Amiga, eu realmente não sei o que fazer... Talvez eu devesse fugir desse inferno que ele quer me colocar... Eu percebi nos olhos dele... ele me castiga por pecados que nem eu sei que cometi... Eu realmente não sei se irei lidar com isso...
Vanessa a abraçou forte.
— Amiga, você tem que