Naquela semana, Aylla decidiu que não podia mais esperar. Preparou cada detalhe da sua fuga como quem planeja a própria sobrevivência. Da primeira vez que fugiu, Ayron nem desconfiou, mas agora tudo era diferente: ele tinha homens a vigiando, cada passo dela estava sob olhos atentos. Só de pensar em Ivi, o peito de Aylla doía. Chorava todos os dias, sentindo como se o coração fosse rasgado a cada hora por saber que precisava se afastar da filha. Levá-la agora seria uma sentença de morte, mas a promessa pulsava em sua mente: assim que estivesse segura, voltaria para buscá-la.

Seus pais também iriam desaparecer por um tempo. A mãe, Helena, tentava demonstrar força, dizendo que estava bem em deixar o restaurante da família para trás. Mas Aylla sabia que a mãe só estava abrindo mão da própria vida por amor a ela. Ivi ficaria em boas mãos, protegida pelos avós. Ayron jamais os encontraria. O pai de Aylla era esperto, tinha outro nome, outra história. Ele mesmo garantiu: “Eu sei apagar rast