Nikolai sorria quando atravessou o portão da propriedade da família. Tinha algo interessante para contar, algo que descobrira em sua última viagem a Petersburgo. Ao entrar, encontrou o pai, que o fitava com dureza.
— Nikolai, até que enfim você apareceu, seu desgraçado.
— Pai — respondeu Nikolai com um meio sorriso —, fiquei sabendo das últimas. Quer dizer que meu querido irmão conseguiu tudo para ele?
— Aquele maldito bastardo! — Vadim explodiu. — Passou dois anos planejando, esperando o momento para me trair. Sempre achei que seria você o traidor, mas no fim foi seu irmão. Eu devia tê-lo matado quando tive a oportunidade... ou quando você adulterou o carro dele e ele sofreu aquele acidente quase fatal, em que só minha pequena Isabel saiu ferida. Você é um incompetente, Nikolai!
Nikolai suspirou, cansado daquela história repetida.
— Pai, tenho uma notícia. Algo que me trouxe de volta antes do previsto.
— O quê? Nossos negócios vão mal em Petersburgo?
— Não, pai. Os negócios estão óti