Verônica ficou paralisada; parecia que até o ar tinha faltado naquele cômodo. Ela gaguejou:
— Ayron… eu me perdi.
Ele riu.
— Se perdeu? Aqui é um quarto trancado, e não quero a presença de ninguém sujando aqui.
Ela sentiu como se tivesse recebido uma bofetada. Sujar? Ele queria dizer que ela estava sujando o santuário que ele fez para aquela mulher. Ayron olhava as fotos, e Verônica começou a andar para sair. Ele a segurou pelo braço.
— Mas me fala uma coisa, Verônica: por que você veio aqui realmente? Você pretende fazer algo com as fotos?
— Não, eu não ia fazer nada, eu juro.
— Jura? Eu não esqueci dos hematomas que você fez na Aylla. Eu te trouxe aqui era para ajudá-la, mas você, como sempre, fez coisas pelas minhas costas. Você acha que, somente porque eu te conheço desde criança, isso te dá o direito de se intrometer?
— Ayron, eu não quis machucar ela…
Ele apertou o braço de Verônica.
— Que seja, Verônica. Faça o seu serviço e pare de entrar em lugares onde você não é solicitada.