Aylla acordou de manhã com os pensamentos presos aos últimos acontecimentos. Então seu pai era outro. Ela não conseguia acreditar. Como viveu anos com essa mentira? Talvez porque o pai que a criou deu tanto amor que ela não conseguia pensar diferente. Ela sabia que aquela superproteção sobre ela era fruto de um passado que não conhecia. Ainda assim, nunca guardaria raiva dos pais; para ela, foram as pessoas que a criaram com tudo que podiam. Ela não conhecia a história desse homem, seu pai de sangue; Petrus era somente um nome. Talvez, se o conhecesse, conseguiria entender tudo.
Ivi balbuciava; ela pegou a pequena.
— Meu anjo, está com saudades daquele cafajeste do seu pai? — A menina riu.
Aylla não conseguia deixar de pensar em Ayron. Ela olhava os olhos da filha; eram uma lembrança constante do pai. Mas, depois de tudo, será que conseguiria viver com ele? Se pedisse ajuda para seu pai, talvez ele a escondesse. Ela não queria essa vida para Ivi: uma vida que se resumia a poder e sang