---

A volta para a mansão foi um silêncio sufocante. Aylla sentia o estômago revirar, um gosto amargo subindo pela garganta. Tinha vontade de vomitar. Oleg dirigia como se nada tivesse acontecido, com aquele olhar frio e cortante, como se o que acabara de acontecer não passasse de uma banalidade.

Ela se culpava por cada segundo que passou eu, não deveria ter procurado o pai. Aquilo era culpa dela, só dela.

— Aylla, você parece que vai desmaiar — disse Oleg, a voz calma, quase debochada.

Ela o encarou com desprezo.

— Por que me levou naquele lugar? Por que me fez ver aquilo?

Ele não respondeu. Um silêncio gélido tomou conta do carro. Era como se ele se alimentasse do medo que via nela. Ele era isso: um predador maldito.

— Chegamos, Aylla.

Ela saiu do carro quase correndo, com os pés instáveis. Quando entrou na mansão, a visão a paralisou. Havia um homem de costas, perto da lareira. A luz do fogo iluminava seus cabelos dourados, como se fossem fios de ouro. Ele se virou devagar, e o olh