Bastien trocou de roupa com as mãos trêmulas e o olhar feito de aço. O calor do banho ainda não havia lavado a culpa que pesava sobre seus ombros. Ele não podia deixar aquilo passar. Não depois do que aquela mulher tentou fazer.
Saiu da mansão com passos firmes e desceu até os calabouços. Na entrada, como uma sombra leal, Lucca o esperava. Ao vê-lo, endireitou-se imediatamente.
—Como está a senhorita? —perguntou em voz baixa, quase reverente.
—Melhor —respondeu Bastien, sem parar—. Mas agora tenho contas a acertar.
Ele abriu a porta do calabouço com calma. Lá dentro, o silêncio era pesado, quase sagrado. Dianna estava encolhida em um canto, tremendo. Seu vestido vermelho já não era mais do que trapos. O corpo dela estava cheio de marcas: hematomas, arranhões, a pele inchada. Os restos da maquiagem borrada eram tudo o que restava da mulher arrogante de antes.
Ela estava suja, o cabelo embaraçado, os lábios rachados. E o corpo… coberto de fluidos que não eram seus. Uma mistura de suor,