Minhas mãos suavam como nunca.
Wagner desceu do Cayenne GTS branco, deu a volta e abriu a porta para o senhor Wilson, que se posicionou em frente ao tapete. Quando Wagner abriu a outra porta, o tempo pareceu parar.
Ali estava Clara.
Vestia um modelo desenhado por Graziela, uma verdadeira obra-prima da alta-costura — delicado, mas imponente. O vestido era de tule francês em camadas finas, com um caimento leve que parecia flutuar a cada passo. O corpete rendado, bordado à mão com cristais Swarovski e pequenas pérolas, moldava seu corpo com elegância e doçura. A saia fluida refletia a luz do entardecer, e o véu longo, preso delicadamente ao penteado, deslizava como uma névoa de sonhos pelo tapete.
Em suas mãos, ela trazia um buquê de lírios brancos, rosas champanhe e pequenas dálias rosadas, amarrado por uma fita de cetim com as iniciais “C & L” bordadas em dourado.
Os cabelos ruivos estavam presos em um coque baixo e suave, com algumas mechas soltas moldando o rosto e pequenas flores br