O entardecer caía sobre Paris quando deixei o salão pelos fundos, evitando fotógrafos e paparazzi. Ainda havia tempo antes do início do evento, e eu precisava me preparar com calma. Segui para o hotel onde Clara e eu estávamos hospedados — o mesmo que abrigava a equipe da Maison Bianchi.
Ao entrar na suíte, encontrei minha mãe e Clara já se arrumando. Minha mãe, sempre impecável, conversava com Antoine Lefèvre, um dos maquiadores mais renomados de Paris, conhecido por preparar as estrelas antes dos desfiles da alta-costura. Suas mãos se moviam com leveza e precisão, como se desenhassem arte sobre a pele.
Tomei um banho longo, deixando a água quente escorrer pelos ombros, apagando a tensão do dia. Depois, vesti o terno italiano da Brioni, feito sob medida em tecido grafite acetinado, com corte preciso e caimento perfeito. A camisa branca de algodão egípcio contrastava com a gravata de seda preta, escolhida para combinar com o vestido de Clara. No pulso, prendi meu Patek Philippe Grand