Rafaela precisou ir para o trabalho, e eu fiquei com Clara. Graças a Deus, ela estava bem — apenas dolorida pela queda.
Minha cabeça, porém, era um caos. Pensamentos iam e vinham sem direção.
Andrew entrou no quarto para avaliá-la. Como já não sentia dores, deu-lhe alta. Um alívio profundo percorreu meu corpo, como se um peso imenso se desfizesse em mim.
Clara levantou-se da cama e foi tomar banho. Quando já estávamos prontos para sair, pediu para passar no quarto de Gustavo — queria agradecer. Eu compreendi. Assim como eu, ela estava grata.
Fomos juntos. Clara o agradeceu com ternura, e, antes de sairmos, estendi minha mão a ele.
— Gustavo, minha equipe está à sua disposição. Assim que sair daqui, terá um emprego conosco — falei, apertando-lhe a mão com firmeza.
No carro, enquanto o som do motor preenchia o silêncio, contei a Clara que, a partir daquele momento, queria que ela ficasse comigo.
Pedi que deixasse o trabalho na loja. Eu sabia que ela tinha responsabilidades com a família