QUERO UM HERDEIRO. E VAI SER DELA
Filippo estava demais. Confiante demais, calmo demais… eu não gostava de homem assim. Quando o sujeito parece santo, é porque tá escondendo o diabo.
Chamei dois dos meus homens de confiança. Gente que não falha, não pergunta, não aparece.
— Sigam Filippo. Vinte e quatro horas por dia. Quero relatório até do que ele sonha. E ele não pode desconfiar de nada.
— Sim, senhor. — disseram em uníssono, antes de desaparecerem como sombras.
Entrei no escritório e encontrei Giovanni sentado com aquele copo de whisky dele, como sempre. Me olhou e sorriu, daquele jeito de quem acha que já sabe demais.
— Está com cara de quem mandou matar alguém.
— Ainda não. — respondi seco, sentando de frente pra ele. — Mas tem coisa mais séria.
— Diz aí.
— Quero um filho com Angeline.
Giovanni parou de beber. Me encarou. O sorriso se manteve, mas os olhos denunciaram a surpresa.
— Cazzo… — ele murmurou. — Você não queria nem ouvir falar disso.
— Mudei de ideia. — dei de ombros. — Quero um herdeiro. Me