O sol ainda nem tinha dado as caras direito quando senti a cama afundar do meu lado. Os lençóis estavam quentes, meu corpo exausto da noite anterior, e mesmo assim… ele queria mais. Matteo sempre queria mais.
— Acorda, amore mio. — a voz dele veio baixa, rouca, daquele jeito que sempre fazia meu corpo responder antes mesmo de eu pensar.
— Matteo… — murmurei, virando o rosto no travesseiro, tentando negar o óbvio — Estou dolorida.
— Melhor. — ele sussurrou, beijando minha nuca, uma das mãos deslizando por debaixo do meu corpo, já procurando o que queria. — Dor significa que teu corpo lembra quem manda nele.
Suspirei, dividida entre a raiva e o prazer. Ele não esperava resposta, não pedia permissão. E depois da decisão dele na noite passada, tudo em mim gritava “foge”, enquanto a outra metade implorava por mais dele.
— Não precisa ser agora… — tentei de novo, mais pela hora do que por vontade. — A gente nem tomou café…
Ele riu, aquele riso grave, debochado e cheio de certeza. A mã