Dias depois...
Sofia estava sentada na pia, com a perna balançando e o olhar impaciente. Eu andava de um lado pro outro no banheiro, segurando aquele teste de farmácia como se fosse uma bomba prestes a explodir.
— Já deu o tempo? — ela perguntou, erguendo uma sobrancelha.
Assenti. Respirei fundo. Meu coração batia tão rápido que parecia querer sair pela boca.
Virei.
Negativo.
O silêncio tomou o banheiro por alguns segundos. Sofia se aproximou devagar, lendo a expressão no meu rosto.
— Negativo?
— É. — sussurrei, tentando esconder o alívio misturado com um nó estranho no estômago.
— Você queria que desse positivo? — ela perguntou, sincera, mas com o olhar curioso de amiga que não perde nada.
— Eu não sei. Não ainda. — Suspirei, me apoiando na parede fria. — Ele quer. Matteo quer agora. Como se tivesse acordado um dia e decidido que eu tenho que dar um filho pra ele.
Sofia ficou em silêncio por um momento, depois falou.
— E você? Quer dar um filho pra ele?
Olhei pra ela. Ta