Quando Matteo recuou, o silêncio tomou conta do quarto, mas a tensão ainda pairava no ar. Eu não conseguia acreditar no que havia acontecido. O medo e a raiva se misturavam dentro de mim enquanto eu o encarava, tentando processar o que ele acabou de fazer.
— Como você pôde fazer isso? — perguntei, a voz tremendo. O desespero e a indignação eram palpáveis.
Ele parecia chocado consigo mesmo, mas a frustração em seu olhar não desapareceu.
— Você não me deixa outra opção! — ele respondeu, a voz elevada. — Você só pensa em você mesma, em como se sentir melhor a todo custo!
— Eu só estou tentando defender o que é certo! — retruquei, a raiva crescendo. — Você realmente acha que eu sou a vilã aqui?
— Você está criando problemas onde não havia nenhum! — Matteo disparou, a irritação transbordando em suas palavras. — É como se você não quisesse ver a realidade.
— A realidade? A realidade é que você não consegue entender o que estou passando! — eu gritei, dando um passo à frente, desafiando-o. —