O silêncio na casa era raro. Mas naquela manhã, tudo parecia sagrado.
Angeline dormia profundamente no quarto, exausta, com o pequeno Luca aninhado em seus braços. Eu fiquei ali por horas, só observando. Ela, tão pequena, tão forte. E ele… meu filho. Meu legado.
O Don da Calábria agora era pai.
Mas logo os sussurros começaram do lado de fora do quarto. O burburinho de vozes ansiosas, passos contidos, gente esperando permissão para entrar.
Abri a porta devagar e encarei o grupo parado no corredor.
Sofia foi a primeira a sorrir.
— Posso ver ele? — ela perguntou, os olhos já marejados.
Assenti com a cabeça.
— Com cuidado. Ele e a mãe ainda estão frágeis.
Sofia entrou com cuidado, levando Ivan pela mão. Minha avó veio logo atrás, caminhando devagar, com Verônica apoiando seu braço. Luigi estava mais afastado, como se não quisesse invadir.
A cena que se seguiu arrancou até de mim um nó na garganta.
Verônica foi a primeira a segurar Luca.
Ela o recebeu nos braços com uma reverên