O silêncio na sala era sufocante. Meu peito pesava com o olhar expectante de Olivia, a raiva da minha vó e os soluços abafados de Isabella. Eu sentia minha cabeça girar, preso entre duas realidades que pareciam se chocar como ondas violentas.
— Matteo, você precisa tomar uma decisão. — Olivia insistiu, os braços cruzados. — Você vai continuar fingindo que nada aconteceu ou vai proteger nossa filha?
Minha mandíbula travou.
— Eu nunca disse que nada aconteceu, Olivia. Eu só não vou condenar Angeline sem ter certeza da verdade.
— A verdade está bem na sua frente! — Olivia gesticulou em direção a Isabella, que esfregava os olhos ainda úmidos de choro. — Sua filha está dizendo que foi empurrada! O que mais você precisa?
— Preciso de coerência, Olivia! — Minha voz saiu mais dura do que eu esperava. — Preciso entender por que diabos Angeline faria isso! Você quer que eu acredite que, do nada, ela decidiu machucar Isabella?
— Porque ela me odeia! — Isabella gritou, e seu choro voltou com forç