Capítulo 10

Luana franziu as sobrancelhas, recuando dois passos para evitar a proximidade excessiva de Alessandro.

Ela estava irritada; aquele homem parecia uma sombra persistente da qual ela não conseguia se livrar.

E, pela sua experiência, nada de bom jamais resultava de um encontro com ele.

- Um bom cão não bloqueia o caminho - disparou Luana, a voz carregada de sarcasmo.

- O que você quer, Alessandro?

" Não consultei o calendário de azar antes de sair de casa hoje, por isso você continua cruzando o meu caminho."

Alessandro sentiu um aperto no peito.

Seus dedos finos giraram a taça de vinho com uma elegância tensa.

De perto, ele percebeu que a pele dela era branca e lisa como porcelana, e seus olhos, que antes o olhavam com adoração, agora brilhavam com uma determinação gélida que o deixava atônito.

Ele sentiu uma estranha familiaridade, como se estivesse redescobrindo alguém que nunca realmente conheceu.

- Luana - ele disse, a voz rouca.

- Deixe esse homem, o Mateus Curie.

Luana solto
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